Sunday, November 20, 2005

O fim

Caro(a) leitor(a),

este blog, sendo um trabalho de uma disciplina semestral, não poderia ir além de seu prazo final.

Portanto, obrigado pelas visitas. Se alguns dos alunos quiserem desenvolver blogs próprios, talvez eles sigam em frente por conta própria.

Em nome de todos, obrigado pelas visitas.

Saturday, November 19, 2005

Celular só para "baixinhos"

Desta vez não deu para a apresentadora Xuxa. A multinacional americana Firefly Mobile foi mais rápida e lançou no mercado de telefonia móvel um telefone celular para uso exclusivo das crianças, que pode ser programado pelos pais e segundo os criadores do projeto, é um aparelho "controlado e divertido".

Segundo Cheryl Edison, diretora para a América Latina da empresa americana, o aparelho celular desenhado para usuários entre 5 e 15 anos "satisfaz as necessidades dos pais quanto a custos, aplicações e serviços".

O telefone mirim dispõe de apenas 3 botões de ligação rápida: "mamãe", "papai" e "lista de contatos".

Ainda segundo a diretora da multinacional, o argumento utilizado para expressar o porque de um celular feito especialmente para crianças, é que, de acordo com estudos médicos realizados nos Estados Unidos, as crianças alcançam uma auto-estima maior quando podem se comunicar em qualquer momento com as pessoas que precisam.

Parece ser essa a visão de longo prazo das empresas de celulares; conquistarem cada vez mais clientes, independentemente da idade, sexo, raça e/ou cor, em um plano conhecido por nós como um plano de "fidelização" dos clientes. Clientes cada vez mais novos, aumentando o número de "fiéis", e claro um aumento da receita, uma vez que a empresa pioneira estará "abocanhando" uma nova faixa de idade de consumidores de aparelhos móveis.

Telefonia Fixa X Telefonia Móvel

Enquanto falava no celular e navegava na internet em busca de algo interessante para o meu próximo post, me deparei com uma notícia interessante. A quantidade de usuários de celular no mundo aumentou 137% em 5 anos, chegando ao número de 1,74 bilhão, de acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT). No mesmo período o crescimento da telefonia fixa foi de 23%, chegando ao número de 1,2 bilhão de usuários.

Esses valores comprovam que a telefonia móvel já ultrapassou a fixa em quantidade de usuários. Em países como Espanha e Brasil a aceitação do celular tem sido muito maior que a do aparelho fixo. Cerca de 24% dos espanhóis possuem somente celulares, enquanto 11% possuem linha fixa.

O Brasil já tem cerca de 80 milhões de linhas móveis e 38,6 milhões de assinaturas fixas. Creio que isso se deve ao fato de que adquirir uma celular pré-pago está muito barato, enquanto as assinaturas para aparelhos fixos estão caras, por volta de R$ 40,00. Outro ponto que se tem que levar em conta é o fato de que a ligação de um telefone fixo para um celular é muito caro, já de móvel para móvel é muito mais barato.

Para que a telefonia fixa não “morra”, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), juntamente com o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, estão discutindo uma forma disso não acontecer. A maneira que está sendo discutida é a criação do chamado telefone social, na qual as pessoas que possuem renda até 3 salários mínimos poderão comprar linhas fixas com assinaturas básicas reduzidas para R$ 19,00.

Essa é uma forma de tentar reanimar a telefonia fixa, mas não sei se irá surtir muitos efeitos, pois a telefonia móvel investindo muito para continuar no mercado. Creio que os telefones fixos estão com os dias contados, a praticidade e a tecnologia encontradas em um celular, fazem com que os telefones de parede fiquem para trás.

"Porque as madeireiras podem?"

Estão de marcação com a Petrobrás, foi processada por cinco pescadores e condenada a pagar R$72,8 mil só porque prejudicou a atividade pesqueira durante quatro meses com o derramamento de óleo na Baía de Guanabara, em 2000.

Não gostaria nem de imaginar o que aconteceria com as madeireiras da Amazônia. Estas sim deveriam ser condenadas pelo dano causado a toda população ribeirinha. O desmatamento e as queimadas prejudicam a formação de nuvens provenientes da transpiração da floresta.

Com essa forte seca causada pela combinação da atividade madeireira com mudanças climáticas que resultaram no aquecimento das águas toda a comunidade de pescadores e moradores da Amazônia sofreram com as perdas na atividade pesqueira, que poderão levar até três anos para se recuperar.

Enquanto os rios não se recuperam da seca, ficam comprometidas não só a população ribeirinha, mas também toda a atividade econômica dependente do transporte fluvial. Comprometendo assim o escoamento da produção e o consumo da população isolada pela seca.

br.invertia.com

Tá na moda orgia grátis

Não é mais um privilégio do setor publico a promoção de orgias com prostitutas de luxo bancadas por desvio de verbas. Executivos da volkswagem também adotaram essa pratica, prejudicando a imagem da empresa.

Um fato em comum ocorrido antes da revelação de escândalos de desvio de verbas, tanto na volks quanto no governo brasileiro, foi à disputa por poder.

Diante do ocorrido podemos tirar uma importante lição. Viagens e festas com dinheiro alheio é a oitava maravilha do mundo até que se encontre envolvido em disputa por poder. Pois nesse caso as chances de que os em escândalos sejam descobertos aumentarão significativamente.

br.invertia.com

Ambiente propício à fuga de capital humano qualificado:

O Brasil por vários anos apresenta um crescimento econômico abaixo do desejado e necessário para o país tornar-se (com maiores probabilidades) economicamente não tão vulnerável como é atualmente isso acarreta um ambiente desfavorável para a manutenção interna de pessoas qualificadas, fazendo com que estes vão à procura de certas e melhores oportunidades fora do país, dificultando assim ainda mais em alguma proporção a possibilidade de melhores taxas de crescimento econômico. Percebemos aqui uma roda viva, o Brasil não cresce à taxas satisfatórias, isso provoca fuga de capital humano qualificado, o que por sua vez dificulta o crescimento do país. Se não bastasse esse grande incentivo para a fuga deste capital humano qualificado, há ainda outras causas que também geram este incentivo. Uma dessas causas que podemos citar como exemplo, nos remete no que vem acontecendo atualmente no país, estou me referindo as constantes e freqüentes greves em varias universidades federais. Isso provoca certo desconforto para quem está em tais universidades e para quem pretende estar algum dia, o que certamente em alguma medida faz com que alunos qualificados e preparados saiam do país para estudar fora e por lá constroem suas carreiras. Creio que atualmente a honra ao mérito de conseguir uma vaga em uma universidade federal não tem gerado grandes benefícios, pelo menos em algumas delas, as quais, além dos desestimulados professores realizando seqüentes greves têm uma estrutura em geral bastante sucateada, não proporcionando assim, um aprendizado de qualidade para muitas pessoas qualificadas que lá estão.

Demanda maior que a oferta

A quantidade de vagas ofertadas no sistema presidiário brasileiro está tão abaixo da quantidade necessária devido à elevadíssima demanda, que chegou ao cumulo de promotores decretarem a liberdade antes do tempo correto para mais de 30 presos na região metropolitana de Belo Horizonte.

Neste contexto há alguns questionamentos que nos interessam: O que deve ser feito para ocorrer o equilíbrio entre oferta e demanda por vagas nos presídios? Deve-se ofertar mais vagas? Deve-se criar situações para a demanda decrescer?

Falar que o governo deve realizar políticas, as quais promovam maior acesso ao estudo e também aumento de emprego, não resta menor dúvida que ajude a resolver o problema, mas são ações que terão impactos em longo prazo. Aumentar a oferta de vagas nos presídios, no curto prazo não deixa de ser uma boa solução, porém é algo que irá tirar boa quantidade de recursos do governo os quais poderiam ser investidos em universidades e escolas, prejudicando assim a solução do problema no longo prazo. Diminuir a demanda por vagas, em sua maioria é uma situação que esta estreitamente ligada ao crescimento do país e melhor distribuição de renda, algo que pode ser atingido mais em longo prazo.

Vemos que a solução do problema no curto prazo tira recursos do governo para investir em projetos os quais criam condições de solução do problema no longo prazo. Deixar de resolver o problema no curto prazo, cria uma situação de caos em toda a sociedade.

Com essa discussão podemos perceber que a solução para o problema entre a oferta e demanda por vagas em presídios não é tão trivial. Para concluir deixo uma pergunta para reflexão:
- Se fosse cobrado imparcialmente de todos os detentos uma taxa que poderia ser paga tanto em dinheiro para o governo quanto em serviços para a sociedade, o que isso poderia modificar neste ambiente? Não digo que seria a solução, mas creio que caminharíamos bem nesta direção, além de ser uma política com impactos imediatos e em longo prazo.

Telefonia móvel em Minas

Em reportagem do jornal Último Segundo, do portal iG, pude relembrar um assunto estudado por todos para a última prova de Instituições de Direito, que ocorreu na última sexta-feira. A reportagem trata da telefonia móvel no estado de Minas Gerais, mas especificamente da briga entre a Claro, que atua no estado a cerca de um mês, e a Telemig Celular, líder no estado no ramo de telefonia móvel. A notícia fala sobre uma ação promovida contra a Claro, impedindo-a de atura no estado de Minas Gerais. Segundo o jornal, o diretor regional da Claro recorreu à decisão judicial, e mantém a operadora em funcionamento.
A autora da ação contra a Claro é a Telemig Celular, que argumenta que existe "participação cruzada" entre as operadoras. Da seguinte forma:
"O fundo de pensão Telos, patrocinado pela Embratel, é acionista da Telemig.
A Embratel, por sua vez, é controlada pela Telmex, do mesmo grupo da
América Móvil, dona da Claro. O fundo tem direito de eleger membros para o
conselho de administração da Telemig e, portanto, teria acesso aos planos da
companhia mineira."

Mas, de acordo com o diretor regional da Claro, esse argumento é incoerente pois, a Telemig Celular já trabalha com participação cruzada com outra concorrente atuante em Minas, especificamente no triângulo mineiro, a CTBC. Por outro lado, o representante da Telemig rebateu dizendo que as informações estavam incorretas não era bem assim. E que a ação judicial não foi movida para tentar evitar a entrada de mais um concorrente, mas sim para evitar participações cruzadas.
Para quem não queria aceitar que regras e mais regras de instituições de direito fossem úteis, aí está um fato real de quem pode e quem deve quando o assunto é sociedades anônimas.

Entendeu? =)

Até o Ministro da Agricultura acha que sobrou para as máquinas!!!!

A alguns posts atrás fui recomendado pelo Prof. Shikida a complementar um post que fiz sobre a febre aftosa. Escrevi sobre o embargo da Indonésia na importação da carne bovina brasileira por causa da febre aftosa. Porém também houve o embargo de outros produtos como farelo de soja, equipamentos e máquinas fabricados no Brasil. Isso me deixou um pouco pensativo e como aconselhado fui pesquisar um pouco mais sobre o assunto.

Fui pesquisar um pouco mais das exportações, importações, balança comercial entre os dois países. Os principais produtos importados da Indonésia pelo Brasil são cacau e borracha. Enquanto o principal produto brasileiro exportado para Indonésia é o farelo de soja, sendo este o quarto maior produto importado pelos indonésios, cerca de US$ 100 milhões/ano. A balança comercial entre os dois países gira em torno de US$ 300 milhões/ano.

Do mesmo modo como pensei e escrevi no post, o coordenador-geral de Acordos Bilaterais Regionais do Departamento de Assuntos Sanitários e Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Odilson Ribeiro, também pensou. Ele não consegue visualizar a relação entre a febre aftosa e o embargo na importação de alguns produtos, principalmente o farelo de soja que é o principal produto atingido. Esta resolução da Indonésia não tem nenhum respaldo técnico, pois a soja é processada a uma temperatura de 100 °C, enquanto o vírus da febre aftosa não resiste a mais de 50 ºC.

Até mesmo o Ministro da Agricultura, Rodrigo Rodrigues, achou a decisão absurda e declarou, “é uma preocupação exagerada, eventualmente descabida por parte da Indonésia”. Rodrigues disse que vai protestar junto a Organização Mundial do Comércio (OMC), contra a decisão de suspender a importação de produtos brasileiros que não têm relação com a febre aftosa. Essa atitude adotada pela Indonésia não é um fato novo, eles tiveram uma atitude parecida no ano passado quando foi descoberto um foco de febre aftosa no Amazonas.

Com isso comprovo que minha idéia sobre a medida adotada não estava equivocada e continuo preocupado com alguns possíveis embargos que podem ser adotados por outros países.

Esporte Milionário!

Lendo uma notícia sobre esportes, fiquei chocado com um fato; o salário dos atletas está fora da realidade. Se pararmos para pensar, antigamente era discriminado alguém que era esportista e recebia por isso. Hoje em dia, só é esportista quem recebe, e quem recebe bem, senão pode trocar sua camisa para quem pagar mais.

Segundo a notícia, o esportista que mais fatura por ano não é ninguém mais do que ele, Michael Shumacher, com singelos U$$ 30.000 por ano. Parece brincadeira. Seguido por ele, mas menos famoso pelo menos mundialmente, vem o batedor do Yankees (time de beisebol americano) Rodriguez, com U$$ 25.000 por ano. O contrato do batedor é válido por 10 anos. Isso quer dizer U$$ 250.000 ao final do contrato. Não quero nem saber qual é o preço da rescisão.

No mundo futebolístico, a folha de pagamento do Real Madrid é de dar inveja em qualquer instituição: Encabeçada por Beckham com U$$ 17 milhões, seguido de pertinho por Zidane com U$$ 15.8 milhões e Ronaldo U$$ 13 milhões. Além desses vem ainda Raúl e Roberto Carlos, cada um recebendo pouco mais de U$$ 10 milhões por ano. Só esses 5 jogadores somam uma quantia de quase U$$ 66 milhões por ano.

Mas isso não é nada se comparado com a folha de pagamento dos times de beisebol norte-americanos. Só o New York Yankees, recente campeão, tem uma folha de pouco mais de U$$ 250 milhões por ano. E isso é só um dos vários times de beisebol norte-americanos. Imaginem a soma das folhas de todos eles juntos.

É algo para se assustar!

"Velha" economia

Lendo uma notícia sobre uma nova lei imposta aos bancos, reparei em uma frase que me chamou a atenção: os bancos têm como obrigação atender seus clientes em até 15 minutos, mas como essa regra não se aplica, as empresas criaram uma estratégia para fugir disso, simplesmente contratando idosos. Afinal de contas, idoso não enfrenta fila.

Com base nesse pensamento, fiquei imaginando: quanto vale um idoso para uma firma?

Vejamos: primeiro ponto, não enfrenta fila em local nenhum, portanto verificamos um ganho de tempo, que seria perdido caso fosse um “office-boy”. Segundo não paga passagem de ônibus, ou seja, não tem gasto com vale-transporte, tanto para ir e voltar do trabalho quanto para se locomover durante o período de serviço se for necessário. E por último, não se verifica os gastos com imposto ao governo, uma vez que o idoso é aposentado e não pode ser fichado novamente.

É por isso que segundo estatísticas do departamento intersindical de estatísticas e estudos econômicos, 20% dos 155 mil aposentados no Brasil, hoje trabalham.

Vale lembrar que o complemento salarial para os idosos também é razoável, uma vez que a aposentadoria dá para apenas sobreviver.

Portanto, podemos observar que é ótimo para os dois lados: empresa e aposentado.

Spam

Estava eu lendo uma notícia do Yahoo! Notícias sobre um hacker que foi preso recentemente sob acusação de danificar sistemas e enviar muito spam por aí (aqui), quando me surgiu um pensamento a respeito do aumento do consumo proporcionado pelo spam, que nada mais é do que propaganda (mesmo que seja inconveniente e não solicitada). Como uma propaganda, e fazendo parte dos gastos com publicidade de uma empresa, é de se esperar que gere resultados. Mas descobri que não é bem assim no caso de spam. As empresas que utilizam da prática abertamente, ou seja, sem se preocupar com a sua imagem (pois muitas afirmam não saber que estão utilizando desses meios para se promover, como mostra a notícia do hacker), recebem retorno financeiro com a prática com pouquíssimas respostas, pois o uso do email para isso é muito barato, de acordo com a notícia Caça ao spam, do JB Online, que trata do assunto e mostra novas descobertas acerca do combate ao spam.
Voltando ao consumo fruto do spam, é fácil (e triste) admitir que ele é fato. Um exemplo é o esforço por parte dos bancos para aumentar a segurança dos seus serviços online e, mesmo assim, ler vez ou outra uma notícia sobre como hackers roubaram dados bancários e dinheiro de pessoas e empresas através de email falsos. No caso da propaganda não é diferente, a notícia do JB afirma alguma eficiência nessa prática, mesmo que seja em sua maioria de produtos pornográficos e outros assuntos relacionados ao sexo (fraquezas do ser humano... isso dá assunto para uma monografia). Resumindo, as pessoas clicam em banners, sejam eles legais ou não.
Uma coisa é certa, o hacker ganhou muito dinheiro. Considerando o spam uma prática comercial eficiente ou não, ela aumenta o consumo, mesmo que seja o do hacker com seus equipamentos de informática e BMWs.

Tráfico ou legalização???

Inspirada numa conversa com nosso diretor Vandyck e em uma visita ao blog de nosso professor shikida, meu último post será sobre o tráfico de órgãos. Uma das reportagens do blog trazia um link para uma notícia do dia 8/10/2005 que afirmava que os quinze pernambucanos acusados de vender um dos rins a uma quadrilha internacional de tráfico de órgãos, no ano passado, foram inocentados pela Justiça Federal. A defesa dos acusados argumentou que passavam por dificuldades financeiras e que tinha total desconhecimento das conseqüências jurídicas do ato.
Segundo o Diário de São Paulo, as divulgações sobre tráfico de rins, na mesma época, também em Recife, reduziu pela metade o número de doadores em São Paulo. Na Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital das Clínicas, por exemplo, a notícia acabou com o recorde de doações obtidos. “Tínhamos dez doadores por mês, mas para dezembro esse número não passará de cinco”, diz o coordenador Milton Glezer. A desconfiança atrapalha o processo. Glezer disse ao jornal que uma família desistiu de fazer a doação temendo a comercialização do órgão. De acordo com a antropóloga americana Nancy Scheper-Hughes, da Universidade da Califórnia, “os preços seguem as discriminações e preconceitos do Primeiro Mundo em relação ao Terceiro. Um rim de doador vivo chega a alcançar US$1 mil na Índia e nas Filipinas, US$3 mil na Europa Oriental e até US$10 mil no Peru. Doadores dos Estados Unidos cobram muito mais, normalmente entre US$50 mil e US$100 mil”.
Existem diversos aspectos a respeito do tema. Nosso professor mesmo o discute num artigo escrito em 2004. Ele aplica uma teoria econômica simples para tratar do assunto e, posteriormente, discute problemas voltados a falhas de mercado referindo-se à lei que alterou os direitos de propriedade sobre órgãos humanos no país. Tentarei ater-me, apenas, a uma discussão de oferta e demanda.
Não fico muito confortável com essa idéia da comercialização, mas acredito que causaria impactos positivos na resolução do problema de uma fila de 56 mil pessoas, no Brasil, que esperam por transplantes. A liberação do comércio faria com que a oferta aumentasse significativamente, já que as pessoas terão mais estímulos para autorizarem a doação. A demanda permaneceria inalterada já que, quem precisa de transplante não deixará de precisar só porque agora precisa pagar por ele. Dessa maneira, essas duas forças irão interagir na busca de um equilíbrio.
Num primeiro momento, o equilíbrio será alcançado a níveis de preços elevados e baixas quantidades, mas o deslocamento progressivo da curva de oferta tratará de regular o mercado numa situação mais justa. Essa questão leva a uma discussão mais polêmica, humanitária, já que as pessoas de camadas mais humildes terão menores chances no mercado. Acredito que sim, isso será um argumento forte, mas que foge do objetivo deste post, uma vez que remete a outras discussões e situações já existentes, como, por exemplo, a desigualdade que observamos no cenário mundial atual.

O barato que pode sair caro

Que essa febre de carros total flex nas ruas é a nova onda do momento, ninguém duvida. Porém, o que os especialistas vem descobrindo aos poucos, é que na verdade, essa "vantagem" da troca do álcool pela gasolina ( preço do álcool mais barato nos postos de gasolina ) pode doer muito mais no bolso do motorista do que se imaginava.

Em matéria publicada pelo site Invertia Brasil, desde o lançamento do primeiro carro total flex no Brasil em março de 2003, os brasileiros descobriram uma nova equação: Na verdade, a soma de gasolina e álcool no mesmo tanque é igual a economia e praticidade. Ou seja, segundo os especialistas, esta fórmula mágica pode falhar em alguns casos, causando danos principalmente no motor, fazendo com que o motorista tenha que deixar o carro dentro da garagem.

Segundo Edson Esteves, professor de Engenharia Mecânica Automobilística da Faculdade de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana), essa mistura de álcool com gasolina pode gerar um tipo de goma na linha de alimentação do combustível, que segundo o professor, se forma a partir da mistura entre álcool anidro (que compõe entre 20% e 25% da gasolina) e álcool hidratado (o que encontramos nas bombas dos postos).

O que pode acontecer na verdade, é que como ambos os tipos de combustível passam pelo tanque, é possível que a goma obstrua o filtro, forçando a bomba de combustível a trabalhar mais para manter o desempenho do carro. O prejuízo inicial para o motorista seria então de aproximadamente R$300 por uma nova bomba mais uns R$20 por um novo filtro ( lembrando que os preços variam de acordo com ano e modelo do carro, fabricante das peças e loja procurada ).

Ou seja, é a tal "economia porca" por parte dos futuros donos de carros total flex. Sabedores de que o preço do álcool na bomba é mais barato do que o preço da gasolina; se os consumidores optarem por abastecerem o tanque mais frequentemente com álcool, a tendência é de que aumente a demanda por álcool nas bombas dos postos, e consequentemente um aumento do preço do álcool ( o que reduziria o "ganho" no bolso do consumidor, na troca do álcool pela gasolina ).

Além da diferença do preço entre álcool e gasolina se estreitar na tabela de preços dos postos de gasolina, devido ao aumento da demanda por álcool, este custo de oportunidade do consumidor, em optar por abastecer o carro mais frequentemente apenas com álcool, pode sair mais caro do que se imaginava ( aumento do preço do álcool nos postos, problemas no motor identificados pelo professor Edson Esteves ).

OECD tem pré requisitos?

Bom, pelo visto esse é meu ultimo post maluco aqui. A questão que eu estava viajando aqui é a seguinte. Dados os níveis de gastos com P&D de um país, assim como o pessoal trabalhando, quais são as chances deste estar na OECD. Então, para dar uma viajada total ( e provavelmente errar na análise ) resolvi partir pra luta com o meu, já famoso, Eviews.
As três séries que pensei em colocar para verificar o "problema" foram

Variável Dummy se o país está ou não na OECD

Gastos com P&D, como porcentavem do PIB

Pessoal envolvido com P&D ( por milhão de habitante )


Então, colocando a variável Dummy se o país está ou não na OECD como dependente e as outras variáveis como explicativas, realizando a regressão em PROBIT obtemos.

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Desconsiderando o nível de significância, já que é o meu ultimo post , todos já devem estar cansados de ouvir falar nisso. A análise possível nesse caso é que o aumento de 1% nos gastos de P&D em relação ao GDP aumenta as chances do país pertencer a OECD em 66%. Já a quantidade de pessoas envolvidas com P&D parece não influenciar muito. O McFadden R2 também parece afirmar que esta faltando alguma coisa. Se alguem quiser dar uma olhada na série que usei só falar comigo via msn ( down_bh@hotmail.com ) ou email ( felipesilveiraborges@gmail.com)

Bom, acho que é isso.

"Obrigado pelos peixes!!" - by Golfinhos....

Ainda sobre felicidade!

Bom, corrigindo e incrementando meu post de anos atras sobre o alcool e felicidade, pela sugestão no Ilmo. Doutor Shikida resolvi adicionar o "GDP/percapta" assim como uma outra variável explicativa "DaysoffWork" que explicarei mais a frente.

Apenas relembrando, meu objetivo era ver o quanto da felicidade de um povo poderia ser explicada pelo consumo de bebidas alcoolicas, porém como minha análise ficou errada e talvez incompleta ( como está certamente também estará - aguardo críticas construtivas para melhoria da análise dos dados ) pensei em completar e objetivar uma melhoria.

O que significa cada série é mostrado a seguir

Nível de felicidade - Proportion of people who answered the survey question "Taking all things together, would you say you are: very happy, quite happy, not very happy, or not at all happy?" by stating that they were "not very" happy or "not at all" happy. Como dito na definição, quanto maior o número, menor a felicidade.

Consumo de cerveja e consumo de vinho - Litros - ano / por pessoa. Infelizmente não encontrei séries para outros tipos de bebidas. Talvez com um numero maior de bebidas o resultado seria diferente.

Days off Work - Number of days not worked for every 1000 salaried employees.


Eu, com minha mediocre bagagem de teoria econômica, esperava que todos os coeficientes apresentassem sinais negativos. Lógico olhando para o puro lado da vagabundagem. Quando mais dias não trabalhados maior a felicidade. Quanto mais bebida ingerida maior a felidade e quanto mais a renda para se gastar com isso, melhor ainda.
E por ai, novamente contando com a boa vontade de um eviews que funcione, fui ( feliz ) rodar a regressão. Os resultados encontrados foram.


Não mais me focarei no valor de R2, mas sim na significância estatística e no sinal dos coeficientes de cada um das variáveis. Porém aguardo sugestões de quais testes poderiam ser feitos para melhorar as coisas bom aqui.
Exceto pela série Daysoffwork, todos os outros coeficientes apresentaram o sinal esperado, aparentemente, bebida e renda influenciam positivamente no nível de felicidade. O que pensava sobre os dias fora do trabalho é que quanto menos dias trabalhando, mais lazer e, logo, mais lazer, mais felicidade. Uma possível teoria pode-se dizer que os agentes estão dispostos a trabalhar mais para obter mais renda e isso afeta mais a felicidade, porém isso já volta aquela velha discussão entre o trade off entre ficar em casa jogando video-game ou ir trabalhar e ganhar dinheiro.
Em relação aos níveis de significância, considerando um intervalo de 11%, que é relativamente alto, as séries Beer, Gdppercapta e Daysoffwork parecem ser aceitos.

Concluindo, minha sugestão final é, não mate tante o trabalho, trabalhe mais e chape todas.

Atenciosamente!

Felipe Silveira Borges

Olha a água... olha a água... geladinha...

Seguindo a mesma linha do post anterior, citemos o caso da água.

Água que para nós brasileiros parece não ter fim, sendo para a maioria dos brasileiros tida como recurso renovável, algo que sabemos estar longe de ser verdadeiro.


O que vimos em várias partes do mundo é uma escassez de água, sendo em muitos desses lugares causados por intervenção humana. Um lugar muito afetado por poluição dos rios é a China, que durante a sua revolução cultural suprimiu protestos e avisos de seus cientistas sobre o risco para a população e sua economia caso seus rios viessem a ficar contaminados.

Não deu outra, o governo de Mao, continuou com sua empreitada de industrializar o país a qualquer custo, o que levou a um nível de poluição dos rios chineses a níveis altíssimos sendo imprórpios para qualquer tipo de consumo. Buscou-se outras alternativas e a China passou a utilizar de suas reservas aquiferas, que hoje já estão exaurídas. Resultado: doenças, queda na produtividade agrícola e perda na competitividade por esses produtos, tendo a China grande déficit nos seus depósitos de grãos.

A China hoje passa por problemas graves com a escassez da água e nós brasileiros pensamos que nossas reservas são ilimitadas, pois, possuimos a maior bacia hidrográfica do mundo e como se isso não bastasse o maior aguifero também (aquifero guarani). Essa mentalidade do brasileiro reflete na postura de disperdicio e na de tarifas que não reflete mais uma vez o verdadeiro custo da água, não levando em conta sua utilização e a possibilidade de escassez no futuro.

As tarifas de água no Brasil são um verdadeiro incentivo ao consumo crescente e abusivo da água, onde nós consumidores pagamos apenas pelos custos diretos da água, sendo a sua extração e tratamento. A política de buscar conscientizar a população, educando-a sobre a importância de se economizar água parece não ter grandes efeitos sobre a populaçãoe requer investimentos altos, não oferecendo incentivos adequados à população que está muito mais preocupada com o que acontece no presente do que o que pode vir a acontecer no futuro.

Me, myself and climate change

Todos sabem que gosto de meio-ambiente e que esse é o meu foco na faculdade e fora dela também.

Estranho foi eu não ter postado nada antes, mas ainda há tempo de corrigir essa falha.

É fato que o planeta está esquentando e junto com ele os mares. No mundo inteiro cientistas afirmam que a emissão de GEGs(greenhouses effects gases), elevam a temperatura no plante o que aumenta a incidência e força de furacões, tufões, etc.. (vide cenas de furacões em 2005) e o que vimos? Gastos astronômicos para consertar toda a destruição. É fato que a cada ano os gastos do mundo com desastres ambientais climáticos vem aumentando consideravelmentee neste ano de 2005 nem a nossa Amazônia passou ilesa, tendo a pior seca que se teve notícia matando milhões de animais numa cena surreal onde pessoal passavam sede na maior bacia hidrográfica do mundo.

Mas o que leva o mundo a emitir tanto gases nocivos ao efeito estufa? Simples, a produção e o custo mais baixo dos combustíveis fósseis. Empresários e governos alegam que tecnologias mais limpas são muito custosas e aumentaria o preço dos bens e se ouvesse restrições a poluir através de licenças a produção dos países diminuiria, gerando assim menos riqueza.

Afirmação plausível do ponto de vista econômico eracional, mas o que não considera são os custos indiretos do uso de combustiveis fósseis, sendo seu preço "artificial", pois considera apenas a oferta e demanda para formulação de seu preço.

Me perguntariam, mas não é oferta e demanda que determina o preço do bem? Qual o problema? Bem, a questão é para mim um problema de maximização da utilidade sociedade? O que preferem? Catstrofes cada vez piores com um custo imenso ou imbutir no preço do petróleo o custo dessses desastres tornando seu preço mais condizente com a realidade do mundo?

Parece que foi decido por 143 países que elevar o preço desses combustíveis era a solução para se evitar uma catastrofe ainda maior, esses países que hoje fazem parte do quadro das nações unidas para mudança climática, instituiram o mercado de carbono que está possibilitando a adoção de tecnologias mais limpas viável usando a mesma arma que o petróleo usou para se tornar tão difundido, com o mercado de carbono, o petróleo está ficando mais caro...

Friday, November 18, 2005

Filhos de Francisco salvam cinema nacional, mas pirataria permanece!!!

Saiu uma reportagem no Valor Online de hoje dizendo que o filme “Os dois filhos de Francisco” impediu resultados desastrosos para os exibidores de cinema brasileiros. Os 5,2 milhões de espectadores que prestigiaram a produção dirigida por Breno Silveira evitaram que a queda na presença de público nas salas de cinemas (24% menor que em 2004) e na renda com bilheteria e alimentação (18%) fossem ainda maiores.

Além da falta de grandes lançamentos no ano, Jesus Gusman Oseguera, diretor geral da rede Cinepolis (empresa exibidora mexicana) discute a pirataria. "Embora o hábito de freqüentar o cinema seja grande entre a população do México, a situação econômica faz com que muita gente prefira economizar dinheiro com ingressos para a família inteira e investir em DVD pirata", diz. A notícia também cita a Internet como um obstáculo para o crescimento do setor.

Meu ponto básico nesse post será discutir a pirataria... Quantas vezes já vimos campanhas com o apelando para o fim da pirataria?? Os artistas vão à televisão e pedem pra ajudarmos a combater esse problema... O que me faz questioná-los é o fato de, num país como o nosso, duplas sertanejas venderem seus cd´s a R$ 30,00, R$ 35,00, e esperarem que uma pessoa que ganha um salário mínimo (ou até menos) os comprem a esses preços, sendo que os piratas são facilmente encontrados a R$ 5,00.

O pai de uma amiga minha tinha uma loja de música no centro da cidade. Quando a venda desses artigos ilegais começou a crescer, perguntei pra ela como ele estava conseguindo manter a loja (pagando todos os impostos, encargos, aluguel, luz, etc.) e competir com os camelôs. Eis a resposta: “Não está! Estamos tendo que correr atrás desses mesmos produtos... mas, como precisamos oferecer garantias, nossos preços ainda têm de ser mais altos”. Resultado: Ele teve de fechar a loja e hoje sustenta a família revendendo mercadorias paraguaias (trabalha sozinho e, provavelmente, não paga mais tributos)...

Com o intuito de incentivar os lojistas que pagam impostos, empregam mais e, portanto, desenvolvem mais a economia, a prefeitura tirou os vendedores ambulantes da rua e montou o “Shopping Oiapoque”, em Belo Horizonte, a fim de evitar que a venda de produtos mais baratos nas portas da loja concorra com os estabelecimentos. Hoje em dia o problema “deve” ter sido resolvido: ao invés de as pessoas desistirem de comprar legalmente (porque encontram um substituto mais barato na porta da loja), elas simplesmente nem vão às lojas mais. Descem diretamente no oi ou no Xavantes (é, o mercado deu certo e já está até crescendo....)

Thursday, November 17, 2005

Minha escolha profissional pela teoria dos jogos

Devido ao “dilema” em que vivo para saber se escolhi ou não a profissão certa, resolvi aplicar a teoria dos jogos para ver o resultado. Fiz a suposição de que eu ainda iria escolher a minha profissão, ou seja, que estivesse acabado de sair do segundo grau.

No jogo há dois jogadores: eu e meu pai. Ele começa comigo escolhendo a carreira que vou seguir. Existem três opções: cuidar da fazenda do meu pai, fazer economia ou escolher outro curso. De acordo com a minha escolha, meu pai decide se vai ou não me sustentar. Para fins de análise, o payoff mínimo é 0 e o máximo é 10.

O jogo é apresentado:

Vamos aos resultados:

· Se eu escolher cuidar da fazenda e meu pai decidir me sustentar meu payoff é 1 e o dele é 9,5. Isto porque ele vai estar muito feliz por eu dar continuidade ao seu trabalho e cuidar do patrimônio da família, evitando também os custos para pagar uma faculdade e as despesas de moradia em outra cidade. O meu é 1 dado que o meu interesse pela fazenda é mínimo (pra não dizer nulo). Se escolho cuidar da fazenda e ele decide não me sustentar o payoff dele passa para 10, justificando o fato de ele minimizar mais ainda suas despesas e o meu é 0 pois, além de fazer algo que não gosto, não vou ser sustentada por ele, ou seja, estarei no pior dos mundos.

· Se eu escolher fazer economia e meu pai me sustenta os payoffs são 5 e 8. O meu é 5 pois acho que gosto e ao mesmo tempo não gosto do curso. O do meu pai é 8 porque é uma profissão que ele sempre sonhou em seguir e por ele achar que tenho perfil e que a mesma me dará boas oportunidades. É menor que o da fazenda quando ele me sustenta porque vai ter mais custos com moradia, faculdade, etc. Caso ele não me sustente o meu payoff passa para 2, pois eu terei que me virar e o dele passa para 8,5 pois as despesas serão menores.

· E, por último, se eu escolho seguir outro curso como por exemplo biologia, oceanografia ou alguma coisa ligada à arte (que eram minhas opções antes de entrar na faculdade-fora do jogo) e meu pai me sustenta o meu payoff é 9,5 e o dele é 0. Isto vai ocorrer porque minha realização e prazer possivelmente (só não é 10 devido à incerteza) vão estar maximizados. E meu pai se encontra no pior dos mundos, porque além de ele ter um alto custo com moradia e faculdade, não vai estar satisfeito ao achar que minhas chances e rendimentos no mercado de trabalho serão baixos. Ao não me sustentar, seu payoff passa para 2 pois os custos serão menores mas ainda assim não estará satisfeito por achar que eu fiz a escolha errada e o meu cai é 6 por ter que me virar mas, ainda assim é maior que o payoff 5 pois terei prazer e satisfação na vida profissional, mesmo me arriscando...

O melhor para mim estaria no resultado (9,5;0) e para o meu pai no resultado (0,10) pois assim o nosso payoff seria o máximo possível dentro do jogo. Todavia, se um dos dois agisse dessa forma o outro ficaria com 0 (isso provavelmente não ocorrerá pois um não desejará deixar o outro na pior situação possível). No equilíbrio, o par de payoffs é (6,2), onde eu escolho outro curso e meu pai não me sustenta. Mas o que acontece na vida real hoje é o resultado (5,8), talvez porque no resultado de equilíbrio o payoff do meu pai seria muito baixo fazendo com que eu mudasse minha escolha. É... Muita água ainda vai rolar. Quem sabe o jogo não se reverta para o equilíbrio? Vamos ver o que vai acontecer. Se esse blog ainda existir até lá, eu posto o que aconteceu de fato.

"Brindes comercializáveis?"

Num dia destes comecei a pensar mais a respeito de brindes, principalmente depois de ouvir o meu chefe dizer: “Estamos zerados. Só de brindes foram gastos 17 mil!”. Todos que se encontravam no recinto começaram a rir.

Ninguém pode negar que é ótimo para a imagem da empresa distribuir brindes, contribuindo para a satisfação de quem os recebe. Mas nem sempre os gastos com os mesmos são baixos e uma prova disso foi ver a indignação do meu chefe ao ver este número. Além disso, acredito que os brindes não são tão significativos na decisão do consumidor, apesar de lhe oferecer um maior bem-estar.

Formou-se o “mercado de brindes”. Há brindes de todos os tipos (até peixinhos né Clara?!). Os médicos, por exemplo, recebem inúmeros brindes de diversos laboratórios. Como na minha família tem muitos médicos, não é difícil ver na casa de parentes vários produtos com nome de laboratórios e remédios (já vi de tudo: agenda, chaveiro em forma de espermatozóide, xícaras, enfeites, blocos de notas, cadernos, canetas, bolsinhas, bombons, cabide e até roupão...)

Os brindes deixam as pessoas mal acostumadas ao invés de atraí-las. Outro dia vi o Diego cobrando uma salada que ele tinha ganhado certa vez. A garçonete falou que ele estava tentando comercializar um brinde oferecido em outra oportunidade. Ele até ameaçou de não comer mais lá se não recebesse a salada de novo.

As empresas especializadas na confecção de brindes e que são contratadas para isso são as mais beneficiadas neste mercado, que está em ascensão e cada vez mais diversificado. Sendo assim, seus lucros serão cada vez maiores e o das empresas contratantes dos seus serviços cada vez menores se os gastos com os brindes não forem compensados no futuro. Não sei se isso sempre acontece pois é muito difícil mensurar o valor a ser auferido. Mas os consumidores acabam aproveitando da situação...

Saturday, November 12, 2005

Ta pensando em se casar?!!?

Agora vai um pouco de economia doméstica para todos...

Em reportagem divigulda pelo portal Uai um dos principais motivos das brigas entres os casais são a falta de dinheiro e despesas exageradas do cônjuge. Os maridos dizem que discutem porque a mulher gasta demais. E as mulheres tendem a discordar da decisão deles sobre a aplicação do dinheiro. O único meio de por fim às discussões é o planejamento.

Como dica de planejamento familiar a reportagem aponta que para formar uma poupança, as famílias devem adiar por alguns meses a compra de certos bens. Moradia e veículos teriam um padrão ligeiramente inferior à renda familiar, mas esses bens estariam garantidos para o resto da vida com base numa poupança. São pontos essenciais no planejamento financeiro: controle de gastos; estabelecimento de metas; disciplina com investimentos; ajustes em razão da inflação e de mudanças na renda; e administração do patrimônio conquistado.

Na minha opinião antes de se tomar a decisão de casar deve-se avaliar o custo de oportunidade do "negócio" futuro. Os investimentos são altos, e os retornos, seriam altos também?!?

Brincadeiras a parte. Portanto, como em toda empresa, em que o planejamento é a base para se obter o sucesso em suas atividades, o casamento não seria muito diferente.

A maquina de dinheiro preta

Com a forte alta do petróleo durante esse ano “a Petrobrás acumulou um lucro líquido de R$15,6 bilhões nos três primeiros semestres do ano”, que de acordo com a consultoria economática, é 23% maior do que o resultado referente ao mesmo período de 2004.
Esse resultado positivo foi atribuído ao aumento da produção e das exportações, o que representou um aumento das vendas de 18% sobre o mesmo período de 2004.
Outro fator que favoreceu a estatal foi à alta dos preços no mercado interno de derivados com o objetivo de corrigir a defasagem com os preços no mercado internacional.
Como o aumento dos preços não foi acompanhado por um aumento de custos, a estatal sofre uma influencia direta e proporcional na taxa de lucro. O que resultou em denuncias de abuso do poder econômico por refinarias privadas que alegaram o fato da Petrobrás não ter repassado de forma integral o aumento do petróleo no mercado internacional ao preço dos combustíveis.

link: www.estadodeminas.com.br

O dolar em queda quase livre

O dólar, após registrar sua décima queda seguida, atinge o menor valor de fechamento desde 12 de Abril de 2001. Os juros altos, a tendência externa de depreciação e o perfil da carteira dos bancos no mercado futuro contribuíram para uma desvalorização de 5,59% durante esse período de trajetória descendente da moeda norte-americana.
A elevada taxa de juros praticada no Brasil estimula investimento de estrangeiros no mercado financeiro, em busca de maior rentabilidade, aumentando a oferta de dólares no mercado brasileiro. Com o intuito de aumentar suas reservas cambiais o Banco Central (BC) promoveu mais um leilão de compra de dólares, mas mesmo assim a cotação do dólar não reagiu significativamente o que indica uma possibilidade para a redução futura dos juros.
Mas não basta a redução dos juros para conter a queda da moeda norte americana, pois a tendência externa de depreciação e a redução dos investimentos em dólar por parte dos bancos também contribuem para a desvalorização.
A importância de se evitar a queda exagerada do dólar é que as exportações seriam prejudicadas. No entanto a baixa cotação dessa moeda pode ser de grande valia no combate à inflação.

Link:www.estdodeminas.com.br

Má exploração da paixão pelo futebol...

O Brasil, reconhecido internacionalmente como “País do Futebol”, não encontra grandes êxitos no desempenho financeiro do futebol. A receita total em 2004 da elite do futebol brasileiro (R$ 825,7 milhões) é inferior à soma dos rendimentos de duas potencias européias (Manchester United e Real Madrid, que registraram € 259 milhões e € 237 milhões, respectivamente).

A receita de 2004 superou a receita de 2003, mas, ainda assim, não foi suficiente para cobrir as despesas das maiores equipes. Em uma análise de 19 agremiações somente 37% apresentaram superávits no exercício de 2004. O grupo restante registrou um saldo negativo de R$ 118,52 milhões.

A maior fonte de receita dos clubes é a negociação de atletas, seguida pelas cotas de TV e por patrocínio e publicidade. Estas principais fontes já não conseguem cobrir os gastos. A preocupação é a continuação da formação de novos craques, em um espaço menor de tempo, para que se mantenha esse caixa.

Na Europa, a bilheteria é muito lucrativa e a ocupação média dos estádios está entre 60% e 80%. Por aqui, a renda de bilheteria responde somente a 7% da receita, e a ocupação dos estádios circula entre 20%. Tal fato se dá devido à falta de infra-estrutura e segurança dos estádios.

Um novo projeto que representaria uma nova fonte de recursos, chamado de Timemania, está sendo discutido em Brasília. Consiste na criação de uma loteria para ajudar no saneamento das dívidas, ficando em primeiro lugar, as dívidas públicas. Tal medida foi denominada pelos dirigentes como a salvação das equipes. O Projeto de Lei tramita em regime de urgência, e deverá ser brevemente analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Esses dados foram retirados de um jornal de pequena circulação chamado “meio&mensagem”, sendo o estudo desenvolvido pela Casual Auditores Independentes.

Em outra reportagem retirada do Valor Econômico chamada “Receita não diversificada é a maior falha” aponta como um dos principais motivos para o fracasso dos dois principais clubes baianos, que agora se encontram na terceira divisão, a falta de diversificação das receitas dos dois clubes, sendo essa altamente dependente do dinheiro vindo das transmissões de televisão. Não mudando essa política dos clubes a crise tende aumentar ainda mais, já que o dinheiro pago pelas emissoras de TV decresce à medida que o clube é rebaixado.

A iniciativa do governo de criar a Timemania pode, em certa medida, ajudar os clubes a saírem da crise que se encontram, mas não passa de uma atitude paternalista do Estado. Investimentos em segurança, por exemplo, ajudariam, na minha opinião, a criar mecanismo para que a estrutura das fontes de receita dos clubes fosse modificada, já que possibilitaria uma maior presença de público nos estádios, assim como acontece na Europa. Além disso, os clubes brasileiros deveriam explorar mais o mercado consumidor existente para seus produtos, isso porque, mesmo sendo a maioria de pessoas de pouco poder aquisitivo, a paixão pelo clube e pelo futebol fazem com quem elas não meçam esforços para ajudarem seus times.

Lula incentiva pirataria...

Essa semana estava saindo do trabalho indo para casa e escutei no rádio uma notícia que no primeiro momento não percebi nenhum problema, depois fiquei impressionado e em seguida comecei a rir sozinho. O presidente Lula, em viagem da comitiva brasileira a Moscou, assistiu ao filme “2 Filhos de Francisco” sobre cantores Zezé Di Camargo e Luciano. Até então, o próprio presidente não notou nada de errado no fato, porém um detalhe precisa ser ressaltado, o DVD só chegará às lojas em 7 de dezembro e empresa Sony afirmou que não foi enviada nenhuma cópia para o gabinete do governo. Hehehe....

Quando cheguei em casa fui pesquisar na Internet o eu já havia sido publicado sobre o assunto. Li uma notícia do site UOL, na qual a Sony calcula que já tenham sido comercializadas 500 mil cópias piratas do filme. Isso só deve ter sido possível com o desvio de uma cópia original do laboratório ou da produtora, pois a qualidade do DVD pirata é muito boa. Luciano em um depoimento a rádio disse que o presidente Lula com esse acontecimento está incentivando a pirataria. Isso não deixa de ser verdade, pois só o fato do Lula estar envolvido em um fato desses faz com que sua credibilidade perante ao combate da pirataria diminua. Os responsáveis pela compra do DVD foram dois assessores, que já foram despedidos.

O Ministério da Justiça acredita que a pirataria faça com que a economia brasileira perca em torno de 30% do PIB. Quando falamos pirataria tem que se ter um mente que isso envolve todo tipo de falsificação, óculos, remédios, lentes, roupas, tênis e não somente CDs e DVDS. Com isso a pirataria passa a ser um dos grandes vilões da economia brasileira.

Para tentar aumentar a demanda por DVDS originais, a produtora Sony juntamente com os cantores Zezé Di Camargo e Luciano, investiram em um conteúdo inédito. Eles bolaram coisas no DVD que irão atrair até mesmo aquelas pessoas que já compraram o filme pirata. Um outro incentivo ao filme original é o preço, que deve sair nas lojas à R$ 29,90, esse foi um jeito de tentar concorrer com os piratas que custam em média R$ 10,00.

Não sabemos ainda se essa medida vai surtir efeito, porém é necessário fazer algo, pois eu não tinha noção que a pirataria afetava tanto a economia do nosso país.

Crise do Capital

O período turbulento que passa a França hoje não é algo distante de nós brasileiros. Uma classe da sociedade marginalizada, descendente de imigrantes africanos se rebelou contra o sistema após a morte de dois jovens pobres que fugiam da policia. A situação se torna pior ainda por que esse grupo revoltado é bem diferente de qualquer tipo de sindicato ou entidade. Não tem com quem negociar. Ou o país busca de fato soluções para essas pessoas ou parte para o combate militar, como está sendo feito. Segundo o secretário-geral do sindicato dos policiais Synergie, Bruno Beschizza, por trás da violência há uma minoria de traficantes com interesses financeiros e ideológicos, incluindo islâmicos radicais.
Fazendo um paralelo com o Brasil podemos perceber a semelhança. Por aqui também há uma faixa da pirâmide social ligada a África. Para eles não há emprego, se contentam com a menor fatia do bolo. Os traficantes atuam com um poder impressionante e seguramente gostariam muito de uma guerra civil deste tipo para melhorar os seus negócios. Só nos faltam os islâmicos radicais. A crise no país francês está se alastrando pela Europa. Países vizinhos à França já começam a sentir a fúria dos adolescentes pobres. Essas manifestações estão abrindo uma nova perspectiva para a crise mundial do capital, pois se formam através de uma organização do povo no próprio centro do imperialismo capitalista. Se continuar neste ritmo, tendo em vista toda a semelhança existente, um dia a favela desce.

Potencial angolano....

Inspirado no post da Camila, sobre o Zimbábue, resolvi pesquisar mais sobre países africanos, em especial Angola. Tive essa curiosidade quando um amigo de família foi até Angola trabalhar e voltou impressionado com o nível de pobreza do país, mas que ao mesmo tempo possui um potencial econômico incrível. Estava lendo uma notícia e pude comprovar o estado de pobreza em que se encontra Angola.

Angola, colônia de Portugal desde o século XV, presenciou durante os anos 60 a criação de três grupos armados que lutavam contra a colonização portuguesa. O país se tornou livre em 1975, porém esses grupos, que possuíam interesses diferentes e recebiam apoio de países como EUA e Rússia, continuaram as guerrilhas até a década de 90. Esses conflitos que duraram cerca de quatro décadas causaram destruição da rede sanitária, a degradação das condições econômicas e sociais, o limitado acesso aos serviços de saúde, o analfabetismo e a desarticulação do sistema nacional de saúde. Isso fez com que Angola se tornasse hoje um dos países do mundo com pior IDH, ocupando a 160ª posição no ranking.

Angola encontra-se em um estado deplorável, não possui nenhum tipo de estrutura de saúde, educação, saneamento básico, etc., porém possui um potencial muito grande para desenvolver-se. O país já foi o quarto maior produtor de diamante e café do mundo, possui uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo, além de ser beneficiado por vários outros recursos naturais.
As guerras acabaram recentemente, então o país ainda está organizando e reconstruindo suas estruturas. Porém um dos maiores problemas é a oferta de mão-de-obra qualificada. Encontram-se muito poucas pessoas qualificadas para poder explorar de forma eficiente todos os recursos naturais dispostos. A oferta de recursos exploráveis é muito grande, porém a oferta de mão-de-obra qualificada é muito pequena, complicado né?

Prof. Shikida, diminuiu nos comentários?

Shikida, você deu uma boa diminuída nos comentários dos posts, não está gostando?

Gostaria de te pedir que desse uma olhada no meu post sobre o déficit da CC dos EUA, porque a princípio era o que eu queria fazer não só para meu projeto de pesquisa, mas também para a minha monografia. Gostaria de colocar os possíveis números de por exemplo, uma nova taxa de juros nos EUA e Brasil no caso de uma crise lá, talvez novos números de desmprego, inflação (ou deflação) possíveis. Você poderia dar uma olhada e opinar se daria numa boa monografia (e/ou projeto de pesquisa)?

Obrigado, Lucas.

Déficit a CC dos EUA (continuação da bolha imobiliária do Pedro)

Vou tentar falar aqui sobre as possíveis conseqüências, no caso do déficit da conta conta corrente dos EUA chegarem a níveis insustentáveis, pelo menos ao meu modo de ver.

Como já foi observado em outras crises, a desvalorização da moeda de um país pode ser um forte indicador para uma crise financeira e é exatamente isso que podemos observar no dólar. Ele vem se desvalorizando já a algum tempo diante de praticamente todas (senão todas) as moedas mundiais. Além disso, está claro que o governo gasta além do que podia para crescer, sem falar nos altos gastos com guerra, que já é de praxe. Como o Pedro já disse em seu post, aliado com o "estouro" da bolha imobiliária, esses fatores poderiam acarretar uma enorme fuga de capitais forçando assim um brusco e repentino aumento nas taxas de juros americanas na tentativa de segurar algum capital no país. Na minha opinião esse aumento gradativo das taxas ded juros não são apenas para segurar a inflação. Isso seria só um pretexto para mascarar a falta de confiança que ronda a cabeça de seus maiores investidores, os chineses e a àsia em geral.

Como todos sabem os EUA têm a maior economia do mundo e uma alta em maior escala dos juros de uma hora para a outra, seria drástica para os chamdos países emergentes. Num primeiro momento haveria instantânea e irrecuperável fuga de capitais forçando assim a alta dos juros também nesses países para tentar amenizar a instabilidade. Assim, no longo prazo, haveria enorme aumento do desemprego diminuíndo a renda, consumo e investimento no país, assim diminuindo também o PIB.

Além dos países emergentes, toda a economia mundial sofreria um aumento na taxa de juros, desacelerando violentamente a economia mundial. Mas de tudo isso eu poso ver duas coisas muito boas: primeiro que é no fundo do buraco que surgem as melhores oportunidades de ganhar dinheiro (pelo menos com especulações); segundo e mais importante, os EUA perderão seu império, passarão a depender de países como a China e porque não, o Brasil. Teremos entrado então numa nova era, a era pós-império econômico americana com um mundo, acredito eu, com mais igualdade, mais chances de crescimento, mais comércio e até mesmo, menos violência causada pelo ódio de alguns países pelos EUA. E abram os olhos, poded ser mais cedo do que nós imaginamos!

Fumar ou não fumar, eis a questão...

Aos 45 minutos do segundo tempo eis que surge....

Já é sabido por todos e não me envergonho em dizer, sou preconceituoso com fumante e não é que arrumei uma maneira de justificar meu preconceito? Se esta certo ou não, não sei... Mas terei isso como verdade absoluta apartir de agora, a não ser que alguem mude meu pensamento... hehe

Essa semana, estava eu em mais um dia estafante de trabalho e em meio a papéis, tabelas, gráficos, reparei uma coisa engraçada. Uma funcionária que trabalha comigo toda hora se levantava e passava 10, 15 minutos fora fiquei observando e sempre passava uma outra dizendo "Ei, vamos lá dar uma fumadinha..." Fumadinha?? Pensei eu... vai trabalhar...

Foi quando surgiu como um relâmpago, a luz no fim do túnel mortal... Fumar diminui produtividade. Isso, vamos todos demitir os fumantes uai..

Tudo bem a coisa não é bem assim, mas será que compensa para as empresas manter um funcionário fumante? Ou talvez compense incentivar e pagar um tratamento para que esses funcionários parem de fumar?

Se uma funcionária durante 8 horas de trabalho fumar 4 cigarros durante o expediente e ficar 10 minutos fumando, conversando com suas amigas e amigos também fumantes, serão 40 minutos de tempo perdido, jogado fora. Lermbrem-se que dificilmente um funcionário vai fumar sozinho, sempre tem mais pessoas o que pode elevar esse tempo no fétido "fumódromo".

Bem, resta saber qual a produtividade média de um trabalhador e averiguar qual o custo do fumo dentro de uma empresa, baseado nisso o gerente da empresa poderia dar o mesmo montante do benefício como incentivo para o fumante largar o vício, ou se o custo do fumante for igual ou menor a um tratamento, poderia a empresa arcar com esses custos, dado que o não-fumante, não perde tanto tempo, tem melhor disposição e consequentemente melhor produção.

Pra mim seria o melhor dos mundos, gostaria de ter colhido dados e tentado empiricamente provar minha teoria, mas como não fumo, não disponho daqueles 10 minutinhos que somados seriam 40 onde eu poderia estar colhendo esses dados(se é que eles existem).

Utilidade + Drogas...

Bom, ontem durante a viagem, e o Diego estávamos looooonge, pensando como seria uma função de utilidade da pessoa drogada e como ela se altera ao longo do tempo.
Partindo de uma função:

U=X^(a)Y^(b)W^(c)S^(d)

Considere a+b+c+d=1

Onde:
U = utilidade
X representa a utilidade do consumo da droga
Y resolvi considerar como a utilidade gerada por outros bens.
W salário
S poupaça

Até ai tudo normal e conforme já vimos. A questão é que para a pessoa que não é drogada, o valor de "a" é nulo. Conforme o individuo se vicia o fator de "a" vai aumentando até se negar completamente os outros bens ( Y ). A poupança não mais gera utilidade, porque toda a renda será gasta na compra do bem. O risco ainda corre de perder o trabalho dado a queda na produtividade. Se isso ocorrer o coeficienten "a" terá valor máximo de 1 e apresentará retornos constantes de escala.
A renda disponível do agente não mais contará com a poupaça ou com a renda do trabalho, e este, para suprir a utilidade terá que adicionar um termo de "renda destinada ao vício" que apresenta crescimento no inicio e depois começa a apresentar quedas devido a falta de poupaça e inexitência do salário. A partir dai estamos no velho dilema da ou marginalização do agente ou abandono do vício....

Vale do Rio Doce ou Ibmec?????

Saiu uma reportagem no Valor Econômico essa semana que diz que mesmo as instituições privadas de ensino superior com pior desempenho financeiro registraram lucro em 2004. A pesquisa foi realizada separando as instituições em categorias e as melhores registraram uma margem líquida média de 26,48% (superior à registrada pela Vale do Rio Doce e Petrobrás, por exemplo). A pior categoria apresentou uma lucratividade de 3,83%.

Segundo Ryon Braga, presidente da Hoper Educacional (uma das empresas responsáveis pelo estudo), "esse é um dos setores mais lucrativos da economia brasileira" devido às baixas necessidades de investimento e às salas sempre cheias.

De acordo com o especialista, os tempos que virão não serão sempre “de vacas gordas”. Segundo o último censo do setor, realizado em 2003, havia 1,26 milhão de jovens ingressando no ensino superior, enquanto existiam 2 milhões de vagas. Estimativas do IBGE apontam que o crescimento da população de 15 a 24 anos será negativo a partir deste ano. "Essa situação pressionará as mensalidades para baixo, apertando as margens", afirma Braga.

Oliver Mizne, da Ideal Invest (também uma das responsáveis pela pesquisa), acredita que nem todas as escolas sobreviverão: "para ter sucesso, elas precisarão se unir para conseguir diluir custos. Algumas escolas também podem vir a falir".

Acredito que exista uma função de maximização das receitas das instituições sujeita a uma restrição de qualidade. Um maior nível de qualidade do ensino requer um maior investimento em professores (que absorvem cerca de 55% das despesas totais), livros e infra-estrutura, o que claramente resulta em maiores despesas. Defendo o uso dessa restrição, já que melhores colocações dos alunos de certa faculdade no mercado de trabalho funciona como marketing da escola.
É muito delicado comentar algo a respeito do setor, primeiro porque somos responsáveis por parte de seus números, e, segundo, porque pouco conheço a respeito de outras instituições particulares. Mas meu ponto nesse post foi discutir até quando essas faculdades preocupam-se, de fato, com o ensino que oferecem, ou seja, de que maneira a busca por lucros intermináveis influencia os resultados obtidos pelos alunos... E para matar a curiosidade dos meus coleguinhas: no Ibmec São Paulo os 2300 alunos divididos, nos cursos de administração e economia, resultaram num índice de lucratividade de 11,8%.... Camilla, Saulo ou Lucas, investir em universidades particulares hoje em dia parece uma boa opção, não?

Friday, November 11, 2005

Impactos da tecnologia no emprego


A relação entre tecnologia e emprego certamente é uma relação conflitiva. Digo isto, porque com a elevada mecanização e automatização em setores operacionais em várias empresas de vários setores, a mão de obra passou a ser largamente dispensada, pois comparativamente à máquina ela rende menos, custa mais caro, proporciona menor qualidade, além de poder gerar um significativo passivo trabalhista para as empresas que não a substitui pelas máquinas.

A pergunta que faço nesta situação é a seguinte: esta mão de obra que esta sendo dispensada devido uma crescente utilização de desenvolvimentos tecnológicos em seu lugar esta conseguindo uma colocação nos setores que estão produzindo equipamentos e produtos tecnologicamente mais avançados?

Certamente não, pelo fato de que o grau de especialização para que esta mão de obra seja empregada nestes setores que produzem equipamentos tecnologicamente mais avançados, é algo que este pessoal não possui (pelo menos no curto prazo) devido a um nível médio de instrução muito baixo. Pode ser que no médio e longo prazo esta mão de obra desqualificada venha a especializar, e assim poder disputar então melhores oportunidades de trabalho.

Link referente ao assunto:www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222004000200002

Alguns impactos colaterais da febre aftosa

A ocorrência da febre aftosa recentemente detectada no estado do Mato Grosso em uma fazenda próxima à divisa com o Paraguai e com expansão do seu foco para outras regiões deste estado e para o estado do Paraná, teve, esta tendo e terá reflexos positivos e negativos na economia mesmo que sejam direcionados a uma região ou grupo mais especifico.

Alguns dos reflexos positivos que podemos destacar são: o aumento do preço da arroba no mercado interno em um segundo momento devido a diminuição ofertada de carne, irá favorecer produtores de outras regiões as quais não foram afetadas pela doença. Empresas que fabricam vacinas para controlar a febre aftosa vão ter certamente um aumento significativo de receitas / lucro em um primeiro momento até que esta doença esteja controlada.E produtores de bens substitutos à carne de boi tal como (peixe e porco) certamente terão um mercado mais favorável principalmente nas regiões onde foram detectados os focos da doença.

Alguns reflexos negativos desta doença que podemos destacar são: vários países estão deixando de importar a carne de boi do Brasil prejudicando assim nossas exportações deste produto.Produtores de outros alimentos nos estados de Mato Grosso e Paraná estão tendo dificuldades de escoar suas produções para outros estados pelo fato de que esta havendo alegações que ao transportar tais produtos destes estados para outros pode estar disseminado a doença. E também podemos destacar o aumento do desemprego (pelo menos no curto prazo) nas regiões afetadas dos estados do Mato Grosso e Paraná que dependiam diretamente da pecuária.

Um mercado que pode dar certo, ou errado (depende do ponto de vista)

Outro dia, parada num sinal vermelho, recebi um daqueles irritantes panfletos que só servem pra sujar o carro. Curiosa do jeito que sou (assim como o Saulo) resolvi lê-lo e foi ele a inspiração para este post.

Tratava-se de uma lavanderia que oferecia seus serviços e cobrava uma mensalidade de R$ 60,00. Esse valor incluía a lavagem das peças de roupa do contratante (desde roupa de cama até peças íntimas) durante o mês, sujeita a algumas restrições contratuais (não consegui identificar quais são e acabei perdendo o papel).

O que mais me intrigou foi pensar no impacto que esse tipo de serviço iria causar na sociedade. Na minha casa, por exemplo, temos uma profissional de carteira assinada (portanto com o pagamento de todas as contribuições) responsável por passar as roupas. Caso o contrato inclua tudo o que imaginei, com certeza será dispendido um valor muito mais baixo para a lavanderia do que para a passadeira.

Resultado: agindo de forma racional, minha mãe despedirá a profissional e mandará todas as roupas para a lavanderia, que oferece um serviço mais completo, com maior qualidade e mais barato. Assim como ela, outras donas-de-casa, ao saber deste novo serviço, farão o mesmo.

Toda essa mão-de-obra dispensada, com certeza, não será totalmente absorvida pelas lavanderias que, com o aumento da demanda por serviços, contratarão mais pessoas. As pessoas excedentes irão buscar novas oportunidades em outros setores da economia, mas sua grande maioria vai somar-se ao número de desempregados no país, aumentando a miséria e a informalidade.

Bolha Imobiliária nos EUA

A algum tempo, alguns economistas renomados como Krugman vêm avisando sobre uma suposta bolha especulativa no mercado imobiliário americano. Os preços dos imóveis estão tão inflacionados que chegaram a um ponto que não são sustentáveis e especula-se que ainda em 2006 essa bolha estoure, gerando uma crise do lado dos ativos afetando as garantias dadas à emprestimos que possa contaminar as economias europeia, chinesa e causar um grande impacto nas economias emergentes. Na verdade, Krugman diz que o tamanha da crise não pode ser medido ainda, mas o fato mais importante a ser estudado é como gerou uma bolha tão grande em uma economia supostamente tão poderosa e blindada como a americana, que além de ser a maior do mundo pode financiar a inflação mundial.

O fato é que os EUA possuem um déficit na conta corrente de 600 bi de dolares por ano (número que o Prof. Mauro Sudano me disse) e um dificit publico que perdura desde quando Bush entrou no governo com a ideia de gastar para crescer. Este fato duplo chama-se deficit gemeos, e é extremamente perigoso para uma economia.

O deficit na conta corrente é financiado por uma forte entrada de capitais que vêm em sua maior parte da China que encontra-se numa situação oposta, pois tem obtido um superavit quase na mesma proporção. O EUA vem fazendo uma enorme pressão política para que a China valorize a sua moeda em relação ao dólar para que este deficit gigantesco possa ser pelo menos reduzido. No entanto, a China a algumas semanas anuncio que faria uma alteração do cambio fixo atrelado ao dolar para um atrelado a uma cesta de moedas, na pratica houve uma valorização menor que 3%.

O fato de já estar havendo uma conciência de que a bolha especulativa já está formada pode gerar uma profecia alto realizável, levando uma uma fuga de capitais dos EUA e explodindo a bolha imobiliaria. Como já disse anteriormente, o problema da fuga de capitais é que ele vai gerar uma venda em massa de imóveis e ativos causando uma deflação enorme e afetando drasticamente os ativos nos balanços das empresas. O EUA vem tentando segurar o capital no país elevando a taxa de juros internas para deixar os investidores mais tranquilos e mostrar que a economia ainda têm folego. Este pode ser um tiro no pé, pois com deficits publicos, a dívida publica pode crescer a um ponto que a emissão de dolar pode elevar a inflação também.

Portanto, o novo presidente do FED tem pela frente um desafio muito grande, com poucas armas tem que impedir que umas das maiores bolhas especulativas da historia america crie uma crise que se espalhará pelo mundo igual fogo em palha.

Thursday, November 10, 2005

COSAN

A COSAN é a líder mundial nos mercados de açúcar e álcool de cana. Ela pretendia abrir seu capital para espansão de suas atividades tendo em vista o cenário favorável no seu setor. O Diego até havia me alertado sobre a reserva de ações que iria do período de 24/10/05 a 07/11/05 e me falou também sobre as vantagens de investir nesta empresa justamente pelo futuro promissor não só da empresa mas como de todo o setor.

Mas houve uma pequena falha da COSAN e do banco Morgan Stanley Dean Witter que foi contratado para fazer o "Bookbuilding" (procecsso de precificação das ações). A CVM detectou a violação da instrrução 400 do artigo 48 que trata, dentre outras exigências, do período de silêncio imposto a empresas e intermediários até o encerramento da distribuição de ações, para garantir qualidade, transparência e igualdade de acesso à informação sobre as operações. Informações como o preço unitário das ações, o valor de mercado da empresa depois do lançamento das ações e perspectivas do cenário setorial saíram em uma reportagem na revista Dinheiro Rural.

Por isso a CVM suspendeu por 15 dias a oferta pública das ações ordinárias da COSAN. Esta, por sua vez, argumentou que essas informações foram passadas por vontade própria dos repórteres e não tinha como controlar essa situação. Assim, a CVM diminuiu o prazo da suspensão para apenas 10 dias.

Eleições via Blogs

Segundo a notícia publicada no site da Folha, onde blogueiros Franceses foram presos ou estão sendo acusados de estimular atos violentos pela internet. Um deles tinha apenas 14 anos. De todo modo estou já estou pensando no Projeto 42 quase como uma "revolta armada". Não demorará e estaremos sendo caçados e possivelmente exilados. E, diga-se de passsagem, se for pra exilar, que me mande para Cuba, charutos, chicas, mojito, páááá.
De todo modo, segundo dados do NationMaster o Brasil possui a 9ª colocação em números de usuários de internet, com aproximadamente 14 milhões de pessoas conectadas a rede. O dado não faz meciona quanto tempo cada pessoa permanece online e é estimado pelo próprio país. Seguindo o raciocício que explicarei posteriormente encontrei o perfil do internauta brasileiro onde informa que aproximadamente 25% dos internautas estão entre 2 e 17 anos. Isso significa que temos +- 10 milhões de usuários de internet que podem votar. Então, fuçando no site do TSE vi que o atual Presidente do Saulo foi eleito com 52 milhões de votos aproximadamente.
Fazendo uma conta do tipo (1+1), 10 milhões de internautas representam 20% dos votos para eleger um presidente. A proporção também vale no caso do referendo das armas. O total de internautas que podem votar também representam 20% dos eleitores que aprovaram o "Não" no referendo.
Se há internautas na França que são influenciados por Blogs, os Brasileiros também são, certo? O que falta descobrir é como um garoto de 14 anos na França conseguiu ser acusado de influenciar pessoas? Por mim, deveriamos aplicar a "receita" aqui e aproveitar que referendos estão na moda. Talvez deveriamos aproveitar a chance e aprovar algumas medidas.
Minha proposta é que a mais "internet"nalista possivel. Criaremos um "cartel" da internet, maximizaremos o bem estar da classe. Já estou pensando em um sindicato.

Importação sobe, produção cai...

Opa...

Saiu uma notícia no valor econômico informando que a valorização atual do dólar tem feito as importações subirem e a nossa produção diminuir.

O que talvez deixa claro que somos poucos competitivos no mercado mundial, e possívelmente isso pode se agravar ainda mais. Como vimos em Contabilidade Nacional, imprtar bens significa financiar investimentos no resto do mundo, o que possibilita melhores tecnologias e aumento de produtividade aos países produtores desses bens, podendo agravar a nossa situação.

Por outro lado, se olharmos quais os bens estão sendo importados e quais bens apresentaram queda na produção, veremos que houve aumento na importação de bens intermediários e de capital e diminuição na produção de insumos o que pode ser sinal de mudanças na nossa base de produção doméstica.

Simulador de renda

A FGV divulgou ontem um estudo coordenado pelo economista Marcelo Néri intitulado "O Retorno da Educação no Mercado de Trabalho" que pretende mostrar o nível salarial de acordo com a hierarquia educacional para o Brasil, revelando (como previsto) que quanto maior a qualificação maior a renda e maior a probabilidade de conseguir emprego. Ele avalia os retornos trabalhistas de escolhas educacionais e também a área geográfica, ou seja, "quem ganha mais" e "aonde"?

Há um simulador de renda com base nos últimos microdados do censo do IBGE em que os indivíduos colocam seu perfil (idade, sexo, raça, grau urbano, educação) e nos resultados aparecem a renda adequada ao seu perfil no mercado de trabalho atual e a probabilidade de estar ocupado. Só para ter uma idéia, eu coloquei o meu perfil e o resultado foi renda=395 e probabilidade=48%. Ao trocar meu nível educacional pelo superior completo o resultado mudou para renda=850 e probabilidade=80%. Segundo Néri este servirá como um instrumento de políticas públicas e também auxiliará os vestibulandos na escolha da profissão.

É divulgado um ranking por carreiras e regiões e mostra que os médicos são os profissionais mais bem pagos (ganham 1503% a mais de quem nunca freqüentou a escola) mas são os que trabalham mais.... Os Administradores (acreditem se quiser) estão no terceiro lugar e nós economistas juntamente com os contadores ficamos em quinto (todos no nível mestrado e doutorado). As respectivas rendas e probabilidades são: R$8.966 e 93%; R$8.012 e 90%; R$7.085 87%.

Acredito que este estudo será fundamental para os estudantes pois a partir da análise das chances de conseguir emprego, da jornada de trabalho e de salário eles poderão decidir sua escolha profissional. Será benéfico de uma certa maneira para a economia se por exemplo, houver a alocação de mão-de-obra para setores que demandem uma maior quantidade de determinados profissionais. Imagino que esta alocação possa ocorrer involuntariamente (de acordo com as escolhas dos indivíduos) ou através de políticas públicas. Porém, a alocação poderá ocorrer também de outra maneira (como prejuízo) caso as pessoas decidam trabalhar na região de "maior salário", o que provocaria queda nos salários e até desemprego nesta região considerada mais atrativa pelos trabalhadores.

É... Concordo que os médicos devam ganhar mais pelo esforço e papel que desempenham na sociedade, mas não sei se faz muito sentido os administradores ficarem em segundo lugar. E quanto aos economistas, não tenho do que reclamar.
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